"É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência."
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência."
( Carlos Drummond de Andrade - O Enterrado Vivo)
6 comentários:
O ontem já foi e o hoje é a única certeza então carpe diem!:)
Beijo querida
Que lindaaaaaaa!
Bjsssssss
Não conhecia essa do Drummond, gostei muito. Beijos, linda. Bom feriado!
Também não conhecia essa, que bom que postou.
Feriado da moderação, sem AF fica mais complicado ainda ter que maneirar mesmo na RA. Mas nossa hora chega. Beijos e se cuide
Linda poesia e Drummond é demais!! Abraços. Sandra
Olá.
Seu blog é muito bom, parabéns.
Se quiser divulgação grátis em um portal é só me fazer uma visitinha.
Portal de blogs Teia.
Espero você lá.
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